07 de Novembro de 2010. Dia histórico e inesquecível!
Um Beatle em Porto Alegre! Um Beatle! Que dia poderia ser mais incrível que este em termos de shows internacionais? Pra quem é fã da maior banda de todos os tempos, poder ver Sir Paul McCartney de perto é o suprassumo das realizações. E eu consegui ver bem de perto!
Sou Beatlemaníaco confesso, mas não imaginava poder ver um show desses tão perto e tão de perto. Até que um dia, divulgaram que Paul faria uma turnê pela América do Sul. Como eu já esperava shows apenas em Buenos Aires e São Paulo, comecei a pensar na possibilidade de comprar o ingresso e viajar para assistir o show em uma das duas cidades. Afinal, se não fosse naquele momento, talvez nunca mais tivesse essa chance In my Life.
Eis que anunciam um show extra, que seria o primeiro deles, em Porto Alegre, mais precisamente no Beira-Rio, Templo Colorado. Não podia ser melhor! Na volta de Paul ao Brasil, depois de 1993, seu primeiro show da série seria logo aqui e no estádio do meu Inter. Que honra! Já imaginava a “guerra” para comprar ingresso, seja on-line ou pessoalmente. Sabia que acabariam em questão de horas, o que, de fato, aconteceu.
A parte boa era que os ingressos seriam vendidos primeiramente para os sócios do Inter, pela internet. As vendas começariam às 8h00 da manhã do dia 7 de outubro. A parte ruim é que nessa data eu estava em Los Angeles (timezone de 4 horas a menos em relação a Porto Alegre). Já estaria de volta no dia do show, mas teria de me virar pra comprar o ingresso estando nos EUA. Mas isso não me fez desanimar. Acordei à 3h30m da manhã, como um Blackbird que canta na calada da noite, e fiquei dando "F5" no site dos ingressos para ter certeza de que, ao abrir, seria um dos primeiros a comprar. E fui. O site abriu as vendas às 3h56h da manhã (7h56m no Brasil), um pouco mantes do previsto, e eu, por já estar ali há tempos, fui premiado e consegui acessar e comprar meu ingresso sem maiores problemas. E, como não iria ter de gastar com viagem para ver o show, comprei o mais próximo do palco (e mais caro, consequentemente). Tinha de ser esse. Não estava disposto a ver um show histórico de longe.
Comprei o ingresso e voltei a dormir, pois tinha de trabalhar de manhã. Ao acordar, verifiquei que a minha compra estava confirmada. Tranquilidade. Ao navegar pelas redes sociais, vi que muitas pessoas estavam tendo problemas em comprar, seja pelo site ficar fora do ar, seja pela demora na confirmação. Daí eu vi que fiz bem em acordar de madrugada.
No dia do show, também organizei uma logística pra facilitar minha vida. Cheguei no Beira-Rio à 8h00 da manhã (o show era à 9h00 da noite). Já tinha uns 10 carros aguardando para abrir o estacionamento da Av. Padre Cacique, que fica ao lado do Ginásio Gigantinho. Entrei e cruzei todo o pátio, até chegar bem em frente às cancelas do outro lado, de frente para a Av. Beira-Rio. Só tinha eu ali naquele setor, mas eu sabia que seria fundamental ter o carro ali para a hora de sair do show, pois o estacionamento iria lotar.
Fiquei na fila o dia todo, no sol escaldante do verão que estava por iniciar. O pessoal improvisou papelões como teto, apoiando-os nos cercados da fila. Ficou parecendo uma vila de fãs. Fãs apaixonados, diga-se. Todos se ajudavam, guardando lugar para o outro ir ao banheiro ou comer alguma coisa. Era como se todos vivessem no Yellow Submarine. Vieram até entrevistar a gente!
Vila de papelões na fila de espera |
Foto tirada pelos repórteres do site Terra (eu em primeiro plano) |
Os portões abriram-se às 18h30m e eu consegui ficar bem perto do palco, como se pode ver. Valeu cada esforço! O show durou 3 horas e não é possível explicar o que se viu ali. Som perfeito, imagem perfeita, um Paul interativo, com direito a um "mas bah, tchê" e um "ah, eu sou gaúcho". Todas as músicas que eu queria ouvir estavam ali. Não faltou nada. O melhor show de todos os que eu tinha visto até então.
Consegui até gravar um vídeo, obviamente tremido, devido à empolgação, mas dá pra ter uma boa idéia do que foi o show:
Na volta, bingo! Meu carro era um dos primeiros, logo à frente dos portões de saída. Nem fila eu peguei. Entrei nele e saí direto para a cancela. Quando estava chegando em casa, ouvia no rádio os repórteres falando que o público recém começava a deixar o estacionamento. Rá, Band on the Run, baby!
Foi o tipo de coisa onde tudo deu certo. Desde a compra do ingresso até a saída do show. Não é sempre que acontece. Mas planejar com antecedência ajudou bastante. Deve ser porque eu tinha de estar lá. E quando tem de ser, o universo conspira, dizem. Acho que foi o que aconteceu naquela noite. No dia seguinte, eu só pensava que Yesterday havia sido A Day in the Life.
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