Você está com um baita
problema relacionado ao projeto. O código do módulo de faturamento do seu
sistema está apresentando uma falha e não está atualizando os campos de
previsão de entrega no site, onde o cliente consulta o status do pedido.
Você sente que precisa de ajuda para corrigi-la. Seus colegas mais próximos
estão todos ocupados e não têm como lhe ajudar. Você precisa corrigir o defeito
o quanto antes porque os clientes já estão ligando para o call center e reclamando da falta da informação no site.
Você então recorre ao seu chefe para que ele lhe ajude. Com a prática moderna de trabalho em equipe, é perfeitamente comum ele estar tão próximo de você quanto seus colegas. Parênteses aqui: chefe? Quem tem chefe é índio, diriam os analistas de RH. Onde já se viu as pessoas usarem essa palavra nos dias de hoje, ainda mais nas empresas de TI? Mas sejamos francos: por mais que tenhamos nos acostumado a chamar nosso "superior" de líder, ainda temos nosso DNA de "peão" e ainda o vemos como chefe. E isso ainda leva um tempo pra mudar. Além do mais, falar "chefe" em vez de "líder" ajuda na semântica.
Mas esse não é o assunto em questão. Fechemos os parênteses e sigamos com o exemplo: você pede um auxílio para seu chefe e ele, em vez de abrir o código com você, diz que não domina totalmente aquela tecnologia e, usando suas habilidades de negociação e persuasão, encontra e destaca rapidamente alguém capacitado para lhe ajudar. O problema é resolvido com extrema rapidez e tudo é entregue corretamente. Mas você fica com aquele pensamento em mente: - como o cara é meu chefe se ele sabe menos que eu dessa tecnologia? Aí está uma pergunta para a qual você provavelmente só vai descobrir a resposta depois que estiver no lugar dele.
No ambiente de trabalho, há diversas formas de você chegar a uma posição de liderança. Obviamente, estou falando das formas ditas corretas ou honestas, que não envolvem jogo político ou favorecimentos variados. Dependendo da empresa, também podem existir diferentes tipos e perfis de liderança desejados. Você pode tornar-se líder pela sua capacidade técnica destacada ou por habilidades como capacidade de negociação, organização, etc. E isso implica em lidar com situações diferentes daquelas do mundo meramente técnico. Em outros casos, a empresa pode contratar um líder que venha "de fora", com o intuito de que sua função seja realmente liderar/gerenciar um projeto. E para isso ele não precisa conhecer uma tecnologia a fundo. Talvez nem precise conhecer nada sobre ela. Mas ele certamente precisa ter outras habilidades que façam jus à posição que ele está ocupando. Saber encontrar o melhor recurso para agilizar a entrega de uma tarefa, como no exemplo citado, pode ser uma delas.
Quem trabalha com projetos (e isso também vale pra outras áreas) sabe que sobre o líder ou chefe recai uma carga muito grande de expectativa. Quando ele parece não atendê-la, fica sempre ou aquela pontinha de decepção (porque você depositava certa confiança nele e ele não pôde te ajudar), e/ou uma pontinha de inveja (porque você acha que sabe mais do que ele e isso faz bem para o seu ego). O fato é que o líder ou chefe tem que saber disso e, principalmente, saber lidar com isso. Ele precisa ter jogo de cintura e saber endereçar os problemas para que sejam resolvidos bem mais do que saber resolver propriamente a questão, metendo a "mão na massa". E é por essas habilidades, dentre outras, que ele ocupa essa posição. É melhor trabalhar com pessoas tecnicamente melhores que você do que o contrário. Certamente é melhor para o projeto. Pelo menos, acho que deveria ser visto dessa forma.
Você então recorre ao seu chefe para que ele lhe ajude. Com a prática moderna de trabalho em equipe, é perfeitamente comum ele estar tão próximo de você quanto seus colegas. Parênteses aqui: chefe? Quem tem chefe é índio, diriam os analistas de RH. Onde já se viu as pessoas usarem essa palavra nos dias de hoje, ainda mais nas empresas de TI? Mas sejamos francos: por mais que tenhamos nos acostumado a chamar nosso "superior" de líder, ainda temos nosso DNA de "peão" e ainda o vemos como chefe. E isso ainda leva um tempo pra mudar. Além do mais, falar "chefe" em vez de "líder" ajuda na semântica.
Mas esse não é o assunto em questão. Fechemos os parênteses e sigamos com o exemplo: você pede um auxílio para seu chefe e ele, em vez de abrir o código com você, diz que não domina totalmente aquela tecnologia e, usando suas habilidades de negociação e persuasão, encontra e destaca rapidamente alguém capacitado para lhe ajudar. O problema é resolvido com extrema rapidez e tudo é entregue corretamente. Mas você fica com aquele pensamento em mente: - como o cara é meu chefe se ele sabe menos que eu dessa tecnologia? Aí está uma pergunta para a qual você provavelmente só vai descobrir a resposta depois que estiver no lugar dele.
No ambiente de trabalho, há diversas formas de você chegar a uma posição de liderança. Obviamente, estou falando das formas ditas corretas ou honestas, que não envolvem jogo político ou favorecimentos variados. Dependendo da empresa, também podem existir diferentes tipos e perfis de liderança desejados. Você pode tornar-se líder pela sua capacidade técnica destacada ou por habilidades como capacidade de negociação, organização, etc. E isso implica em lidar com situações diferentes daquelas do mundo meramente técnico. Em outros casos, a empresa pode contratar um líder que venha "de fora", com o intuito de que sua função seja realmente liderar/gerenciar um projeto. E para isso ele não precisa conhecer uma tecnologia a fundo. Talvez nem precise conhecer nada sobre ela. Mas ele certamente precisa ter outras habilidades que façam jus à posição que ele está ocupando. Saber encontrar o melhor recurso para agilizar a entrega de uma tarefa, como no exemplo citado, pode ser uma delas.
Quem trabalha com projetos (e isso também vale pra outras áreas) sabe que sobre o líder ou chefe recai uma carga muito grande de expectativa. Quando ele parece não atendê-la, fica sempre ou aquela pontinha de decepção (porque você depositava certa confiança nele e ele não pôde te ajudar), e/ou uma pontinha de inveja (porque você acha que sabe mais do que ele e isso faz bem para o seu ego). O fato é que o líder ou chefe tem que saber disso e, principalmente, saber lidar com isso. Ele precisa ter jogo de cintura e saber endereçar os problemas para que sejam resolvidos bem mais do que saber resolver propriamente a questão, metendo a "mão na massa". E é por essas habilidades, dentre outras, que ele ocupa essa posição. É melhor trabalhar com pessoas tecnicamente melhores que você do que o contrário. Certamente é melhor para o projeto. Pelo menos, acho que deveria ser visto dessa forma.
Aqui encontramos outro erro em relação a essa figura: o de achar que o líder é/parece ser/se sente superior. Quem sabe paramos de encarar o trabalho do líder como algo assim tão superior ao de um técnico? Ambas as posições são extremamente importantes para a empresa. No fundo, elas apenas possuem atribuições diferentes, mas de grande significância. Obviamente que um líder pode carregar um peso extra em termos de responsabilidade, dependendo de como está estruturada hierarquicamente a empresa. Mas nem sempre isso está refletido nos rendimentos financeiros dele. Pelo contrário, é cada vez mais normal o líder ser apenas um papel e não uma posição. Sendo assim, ele não necessariamente vai ter um salário maior que o seu. É claro que se ele tiver, as sensações descritas anteriormente se intensificam. É preciso certo cuidado antes de simplesmente criticar o papel de um líder. Saiba primeiro se você teria condições e habilidades (especialmente as não-técnicas) para estar no lugar dele. Fora dos nossos olhos, diversas outras situações acontecem, e o líder precisa lidar com várias delas e tomar decisões das quais, muitas vezes, nem ficamos sabendo.
Há várias possibilidades e oportunidades para o papel do líder ou chefe. Você pode se deparar com uma delas um dia. Se você, por alguma razão, receber a tarefa de liderar, pense nisso. É um momento perfeito para treinar a sua empatia e descobrir o quanto você consegue ser resiliente.
* Adaptação do texto escrito em 07/08/2008
0 comentários:
Postar um comentário