Agora em 2012
teremos mais uma edição dos jogos
olímpicos. O ápice do esporte em geral. Bilhões de dólares investidos para a
audiência de outros bilhões de pessoas. Quem será o grande destaque este ano?
Façamos nossas apostas! Particularmente, gosto muito de acompanhar. É um dos poucos momentos na TV em que deixo o futebol de lado para assitir outros esportes. Falando nisso, lembrei-me agora da última edição desse
evento e do maior dos seus destaques.
Como é sabido, os
Jogos Olímpicos de Pequim 2008 consagraram o nadador norte-americano Michael Phelps
como o maior atleta olímpico de todos os tempos. Sua impressionante capacidade
de acumular medalhas de ouro o transformou no maior vencedor da história até
então. Mesmo assim, após uma de suas conquistas, ele declarou à imprensa que
não se considerava imbatível. Sem querer tentar adivinhar a intenção dele ao
dizer isso, o fato é que ele sabe que tem uma marca que dificilmente será
batida: foram oito medalhas de ouro em uma mesma olimpíada. Lógico que,
matematicamente, é possível que alguém consiga mais medalhas que ele, afinal,
estamos falando da lei das probabilidades. Mas, na prática, ainda deve levar
alguns anos (talvez décadas) para que alguém o alcance. É um desafio
extremamente complicado para os futuros candidatos a "mito do esporte".
Assim é com quem é competente e muito bom no que faz: sofre uma espécie de "eternização temporária", que dura até que alguém consiga fazer algo melhor ou maior, para então, assumir seu lugar na história. Nas empresas isso acontece também. Mas, embora o sentido seja muito parecido (pra não dizer o mesmo), a palavra usada é outra: "insubstituível". Ora, quantas vezes ouvimos aquelas máximas do tipo "ninguém é insubstituível"? Inúmeras! Mas será que é verdade? É aí que faço a relação com o Michael Phelps: sim, é verdade. Ninguém é insubstituível, mas dependendo da capacidade da pessoa, pode levar muito tempo para que se encontre outro que possa desempenhar um trabalho com o mesmo nível desse alguém muito competente que acaba de deixar o time.
É por isso que não gosto desse jargão. As empresas, em geral, o tratam como se fosse algo muito simples, mas não é. Se você perde um profissional capacitado e que dá bons resultados, é evidente que ele lhe fará falta. Por mais que você o substitua, nem todos conseguirão ser tão bons. Você pode dar sorte de encontrar alguém logo, mas pode amargar muito tempo "patinando" até conseguir. Dependendo da função ou cargo que ele ocupe, esse tempo pode representar subtrações consideráveis nos negócios e nos cofres da organização.
As empresas que trabalham com alta rotatividade de pessoal e não sabem o porquê de terem tanto turn over são as que deveriam acordar e fazer melhor essa conta antes de perderem esse tipo de profissional. Parece que anda faltando sensibilidade, em alguns casos. Ações para tentar manter quem ocupa uma posição estratégica muitas vezes não representa custo, mas sim um investimento. Perder esse profissional, por outro lado, pode ocasionar um prejuízo. É claro que tudo isso deve ser bem pensado. As empresas não podem tornar-se cabides de emprego como ocorre em alguns órgãos públicos, nem investir nas pessoas erradas. Mas a questão aqui é parar de pensar unicamente no curto prazo e passar a analisar os custos desse tipo de perda de forma mais precisa.
Mas e se o profissional for embora mesmo assim (ah, as dicotomias... Adoro elas.)? Bem, será preciso ou trabalhar para encontrar outro talento igual ou treinar alguém para que atinja o mesmo nível. É a mesma coisa que acontecerá quando Phelps decidir parar de nadar definitivamente: o mundo vai ter de esperar outro fenômeno aparecer ou então os EUA terão de investir em alguém do seu time para que treine e chegue ao mesmo patamar. Quanto tempo isso vai levar, não se sabe. Mas até acontecer, poderão aparecer inúmeros profissionais/nadadores medianos, bons ou muito bons, mas apenas os melhores é que ficarão marcados pela história, porque eles fazem a diferença e apresentam os melhores resultados. Mais do que isso, eles surpreendem e superam expectativas. São esses os pontos que fazem deles pessoas diferenciadas. Alguém duvida? Pergunte aos concorrentes do Phelps...
Assim é com quem é competente e muito bom no que faz: sofre uma espécie de "eternização temporária", que dura até que alguém consiga fazer algo melhor ou maior, para então, assumir seu lugar na história. Nas empresas isso acontece também. Mas, embora o sentido seja muito parecido (pra não dizer o mesmo), a palavra usada é outra: "insubstituível". Ora, quantas vezes ouvimos aquelas máximas do tipo "ninguém é insubstituível"? Inúmeras! Mas será que é verdade? É aí que faço a relação com o Michael Phelps: sim, é verdade. Ninguém é insubstituível, mas dependendo da capacidade da pessoa, pode levar muito tempo para que se encontre outro que possa desempenhar um trabalho com o mesmo nível desse alguém muito competente que acaba de deixar o time.
É por isso que não gosto desse jargão. As empresas, em geral, o tratam como se fosse algo muito simples, mas não é. Se você perde um profissional capacitado e que dá bons resultados, é evidente que ele lhe fará falta. Por mais que você o substitua, nem todos conseguirão ser tão bons. Você pode dar sorte de encontrar alguém logo, mas pode amargar muito tempo "patinando" até conseguir. Dependendo da função ou cargo que ele ocupe, esse tempo pode representar subtrações consideráveis nos negócios e nos cofres da organização.
As empresas que trabalham com alta rotatividade de pessoal e não sabem o porquê de terem tanto turn over são as que deveriam acordar e fazer melhor essa conta antes de perderem esse tipo de profissional. Parece que anda faltando sensibilidade, em alguns casos. Ações para tentar manter quem ocupa uma posição estratégica muitas vezes não representa custo, mas sim um investimento. Perder esse profissional, por outro lado, pode ocasionar um prejuízo. É claro que tudo isso deve ser bem pensado. As empresas não podem tornar-se cabides de emprego como ocorre em alguns órgãos públicos, nem investir nas pessoas erradas. Mas a questão aqui é parar de pensar unicamente no curto prazo e passar a analisar os custos desse tipo de perda de forma mais precisa.
Mas e se o profissional for embora mesmo assim (ah, as dicotomias... Adoro elas.)? Bem, será preciso ou trabalhar para encontrar outro talento igual ou treinar alguém para que atinja o mesmo nível. É a mesma coisa que acontecerá quando Phelps decidir parar de nadar definitivamente: o mundo vai ter de esperar outro fenômeno aparecer ou então os EUA terão de investir em alguém do seu time para que treine e chegue ao mesmo patamar. Quanto tempo isso vai levar, não se sabe. Mas até acontecer, poderão aparecer inúmeros profissionais/nadadores medianos, bons ou muito bons, mas apenas os melhores é que ficarão marcados pela história, porque eles fazem a diferença e apresentam os melhores resultados. Mais do que isso, eles surpreendem e superam expectativas. São esses os pontos que fazem deles pessoas diferenciadas. Alguém duvida? Pergunte aos concorrentes do Phelps...
* Adaptação do texto publicado em 14/08/2008
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