O Crescer e o CRESCER

Quer um aumento? Mude de emprego. Essa é uma expressão que tenho visto ser utilizada de forma frequente por alguns consultores de gestão de pessoas.

Internacional

Minha geração é a mais Colorada de todas. E sempre será!

É Hora de Abandonar o "Complexo de Vira-Lata" e Arregaçar as Mangas

Certos acontecimentos são cíclicos. Não importa a época, de tempos em tempos eles se repetem. Mudam um pouquinho aqui ou ali, mas preservam a mesma essência...

A Legião Urbana Vence Tudo. Até o Tempo.

A eternidade é o prêmio concedido àqueles que realizam feitos notáveis, únicos ou não, mas que são capazes de perdurar a ponto de serem lembrados por diversas gerações subsequentes...

"Cer" ou "Não Cer"

- Como esse pessoal da TI gosta de falar em certificações - disse um amigo que é consultor de RH. Tem lógica..

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Se Meu Fusca Falasse - Capítulo 18: Funilaria e mais Funilaria

07/05/2014

Funilaria é realmente algo demorado, especialmente quando se está prestando atenção nos detalhes. Essa semana, fizemos o seguinte no carro:

- Pinos de porta novos;
- Suportes de para-choque traseiro novos;
- Meio assoalho traseiro sob a bateria trocado;

- Minifrente ajustada;
- Lixamento do teto e demais peças.

Além disso, tivemos de trocar um para-lama traseiro. Nas fotos dá pra ver que o anterior estava rasgado na volta e (PASMEM) com um ferro de obra por dentro. Quando tiramos o ferro a lata estava muito comprometida, por isso a troca. 


Como dito antes, a abertura da caixa de direção da mini frente comprada era quadrada, sendo que o correto era ser em formato de meia-lua. Fizemos essa alteração também. ainda está em estado bruto, mas está correto para o ano do carro agora.

Quanto à pintura, dá pra perceber nas fotos a quantidade de camadas de pinturas antigas que existiam. As manchas são os pontos mais altos da pintura, como se fossem "caroços" de material. O lixamento tem de ser manual e, por isso, é mais demorado. É mais ou menos assim: lixa um pouco, descansa e lixa novamente. Depois, aplica-se uma camada de fundo revelador, que fica com manchas pretas nos pontos de depressão da lata, ou seja, onde ficam os buracos ou amassados. Assim, corrigem-se as imperfeições para só então partir para a pintura.

Os para-lamas e o capô traseiro já estão com o fundo revelador e pode-se notar que estão lisos, prontos para pintura. Tão logo a carroceria esteja igualmente pronta será feita a pintura total, o que deve acontecer e breve.

 

Novos pinos de porta:








Traseira:










Teto Lixado:





Assoalho da bateria trocado:








Chiqueirinho:






Para-lama antigo (estava bem ruim e foi trocado por outro):





Capô sendo lixado:









Laterais:






Mini frente atualizada, com a abertura em formato de meia-lua (ainda será feito o acabamento)






Partes lixadas, lisas e praticamente prontas para a pintura:









Eu fico pensando numa coisa: se o meu carro, que estava visualmente muito bom em termos de funilaria e estrutura está demandando esse trabalho todo pro pessoal da oficina, imagino os que estão ruins. O pior é que a maioria dos funileiros sequer toma os cuidados que estamos tomando, justamente porque querem fazer rápido não com qualidade. 


Se meu fusca falasse, ele diria que nem ele espetava por tanto trabalho.




sexta-feira, 18 de abril de 2014

Se Meu Fusca Falasse - Capítulo 17: Foi pra Faca!

15/04/2014
 
Demorou um pouco desde a data dos últimos updates, mas somente essa semana pudemos começar a cortar a mini frente do Fuscão para fazer a parte da funilaria. A oficina andava bem movimentada e tinha umas três Kombis na frente para serem entregues, por isso o meu carro teve de esperar um pouco na fila. Mas os trabalhos estão sendo retomados.

O serviço da troca da mini frente vai ser bem meticuloso, porque, por exemplo, cortar e colocar uma nova requer um grande trabalho de adaptação. O chapeador disse que precisa colocar e tirar o capô várias vezes para garantir que vai ficar bem alinhado. Além disso, ele quer fazer o trabalho de maneira isolada, para ficar bem feito e não aparecer nenhuma marca. Pra isso, precisa terminar as outras tarefas que está fazendo agora para poder se concentrar apenas no meu carro. É um trabalho de paciência, mas que precisa ser bem pensado para que fique impecável como eu quero.

Um detalhe que descobrimos é que a gambiarra feita na mini frente tinha explicação: ela já havia sido trocada por um dos donos anteriores. Ou seja, a que estava no carro já não era a original. Mais um motivo para trocar por uma nova.


Como vocês podem ver nas fotos, as soldas ainda são brutas, mas serão desbastadas e ficarão imperceptíveis. Também estamos cobrando o pessoal da funilaria para garantir que não fiquem vãos quando do fechamento do capô. Surgiu um problema de ferrugem sob o assoalho da bateria. Ele será recortado e trocaremos meio assoalho traseiro do lado direito.

Os suportes do parachoque traseiros já foram removidos e serão substituídos por um novo par que já está na oficina. Segundo o pessoal, a partir de agora a restauração será mais ágil pois a parte de funilaria e alinhamento era a mais demorada mesmo.



Parte do assoalho que será trocada
 


Traseira

 
Mini-frente antiga retirada

Nova mini-frente colocada (ficou exatamente onde deveria, reparem nos encaixes):


Primeiro teste do encaixe do capô


Aqui, um detalhe: a mini frente comprada, obviamente, é uma peça de reposição, pois encontrar uma original, mesmo em ferro-velho, é quase impossível e dificilmente estaria alinhada. Embora o catálogo mostrasse que a peça era para modelos acima do ano de 1971, há algumas diferenças em relação ao que realmente deveria ser e algumas medidas precisarão ser tomadas:

1 - A abertura da caixa de direção, originalmente é um buraco em formato de meia-lua. Na mini frente nova é quadrada. O que iremos fazer é recortar a parte da meia lua da mini frente antiga e soldar novamente na nova, no lugar da abertura quadrada. 

2 - O berço do esguicho da peça instalada possui um suporte onde vai preso o reservatório, nos fuscas que tem bomba de água do limpador acionada pelo pé, o que não é o meu caso, já que o esguicho é acionado por um botão no painel. Essa parte é relativamente simples, pois basta retirar o tal suporte.

Mini frente comprada possui algumas diferenças em relação à original.

Feito esse serviço, iremos colocar/reproduzir a numeração da carroceria (que vai direto na lataria, abaixo do buraco em forma de meia-lua). Aí estará praticamente terminada a parte de funilaria e poderemos começar a pintar o carro. São problemas normais decorrentes de qualquer restauração e temos de estar sempre prontos para esse tipo de coisa. Afinal, ninguém disse que isso é fácil. Por isso, sempre recomendo que qualquer restauração seja feita sem pressa e sem medo, porque imprevistos sempre irão acontecer. É praticamente mandatório nesses processos. Então, keep calm and resume the restoration...

Se meu Fusca falasse, ele diria que se sente como se tivesse passado por um transplante de cabeça...



Se Meu Fusca Falasse - Capítulo 16: Mais uma "Surpresinha"

07/03/2014


Agora sim, o Fuscão está completamente pelado!

Os paralamas foram retirados e, assim que resolvermos um probleminha extra que apareceu, ele vai para a raspagem e depois para a pintura.

O probleminha é a mini frente, que terá de ser substituída, porque o carro sofreu uma batida no passado, que é mais visível no lado direito (lado do carona), onde podemos perceber um encolhimento da mini frente, comprometendo a caixa de estepe, também por esta estar com o fundo bastante oxidado e ter sido trocada de forma "grotesca" pelo antigo dono.

Está bem ruim a parte da caixa do estepe. A sugestão do pessoal e do chapeador é a troca inteira da mini frente, desta forma alinhando perfeitamente a caixa do estepe e eliminando o enrugamento da peça e substituindo o fundo da mesma. Assim, ganharemos tempo e melhoraremos a qualidade de acabamento. Vai aumentar um pouquinho o orçamento inicial, mas não muito, e fica algo bom como deveria ser, muito melhor do que tentar fazer uma gambiarra, como fizeram os donos anteriores. Creio que isso e mais a troca do bloco serão os únicos maiores contratempos que teremos daqui para a frente. Assim espero. No mais, o carro está excelente, com a estrutura praticamente perfeita, sem podres.







Notem que ainda tem boa parte da pintura original por baixo dos paralamas


Aqui é onde começa a parte que está torta e que foi malfeita no passado. Vai tudo ser trocado.


A parte de baixo da caixa de estepe tinha uma chapa que poderia ser de qualquer coisa, menos de um Fusca





Lado direito sofre uma colisão no passado, deixando desalinhamento e atrapalhando o fechamento do capô.
 
Lado esquerdo até não estava tão ruim.

Nessa parte eu destaco o trabalho dos caras da Cia do Fusca. Realmente eles se preocupam com a qualidade do trabalho. Um funileiro qualquer certamente tentaria fazer uma gambiarra para disfarçar esse problema, mas o pessoal lá é diferente, são comprometidos. Para dar uma ideia de como o pessoal "respira" VW lá, tirei umas fotos peculiares da loja, que somente quem é apaixonado nota:


Pequeno quadro no escritório da loja já mostra a que se veio...
 
Vai um "Kaffeewagen" aí?


Encontro de gerações na frente da loja
 
Enfim, esse novo contratempo da mini frente vai atrasar em mais uns dias o início da pintura, mas vai deixar as coisas bem feitas e sem marcas. Vai ficar show de bola. Eu não tenho pressa, então vamos tocando. Como o carro não tem podres, a parte de funilaria e pintura deve ser rápida, dentro do possível.

Se  meu Fusca falasse, ele estaria reclamando de dor de cabeça agora.




Se Meu Fusca Falasse - Capítulo 15: No "Corredor da Vida"

01/03/2014:
 
Devido ao feriado de carnaval, as atividades de restauração do Fuscão Verde Hippie vão dar um tempinho. Sendo assim, não tem muitas novidades essa semana. Mas, em breve, começa a última parte da desmontagem, que é a retirada dos paralamas. Aqui seguem umas fotinhos do Fuscão na "fila" da funilaria. Digamos que ele se encontra no "corredor da vida", pois está condenado a nascer de novo, hehehe.

A oficina de funilaria e pintura tá bem cheia. Como não tenho pressa, o Fuscão vai esperando a vez dele...


Lembram daquela Kombi Standard do post anterior, que estava quase pronta pra embarcar para a Europa? Olha ela aqui, já esperando virem buscar. Ela vai completamente seca (sem combustível, óleo ou qualquer líquido) e com instruções em alemão nos vidros dianteiros e traseiros. Pra quem não sabe, não se pode exportar carros inacabados, ou seja, é preciso restaurar antes e embarcar eles depois.


Aproveito e mando umas fotos de partes de uma outra Kombi que está sendo restaurada lá no atelier. Dá pra perceber um pouco do trabalho que é feito para carros em restauração, exatamente o mesmo nível que será feito no meu carro:

Para choques, portas e tampa da Kombi (olha o Fuscão ali no fundo)
 
Porta da Kombi pintada
 
Acabamento interno da pintura. Reparem no capricho. O mesmo processo será feito no meu carro.
 
 
Aqui, uma curiosidade e uma raridade ao mesmo tempo. Estava dando uma olhada no pátio da oficina e me deparei com um Willys Interlagos Berlineta, ou, ao menos, a carcaça de um. É um modelo bastante raro no Brasil e que muitos colecionadores sonham em ter. Por ser de fibra, a carroceria ainda aguenta um tempo na rua assim. Mas uma restauração dessas é bastante complicada e cara, porque as peças são raras e pode levar anos até o carro ser finalizado. Ainda não há planos para esse aqui, então, se alguém aí gostar do modelo e quiser encarar essa empreitada, fica a dica. Mas é bom ter paciência e uma conta bancária bem recheada.

Algum interessado com muito dinheiro sobrando?

Se meu Fusca falasse, ele diria que não sabe o que o espera no final do corredor. Tudo pode acontecer daqui para a frente.