22/05/2013:
Fazer a transferência de um carro pode ser algo bastante
simples ou não, vai depender do quanto você quer gastar em termos de tempo e
dinheiro. Muita gente recorre a serviços de despachantes, que cuidam de toda a
papelada em troca de uma comissão, enquanto você economiza o seu tempo. Mas o papai aqui sempre tenta dar uma de
Charlie (o “Ursolão” do desenho “A família Urso”), que sempre tentava
economizar fazendo as coisas ele mesmo. Só que, no caso do meu Fuscão, as
coisas foram um pouco mais complicadas do que deveriam.
Não tenho prática com esses serviços, então era certo que me
esqueceria de alguma coisa. Fui ao CRLV e, na primeira tentativa, me disseram
que precisaria ter firma reconhecida em cartório. Fui ao cartório, reconheci a
firma e fui ao CRLV de novo, no dia seguinte, pela manhã. Aí eu vi que o antigo
dono não tinha pagado o licenciamento do carro naquele ano. Descobri isso
quando fui tentar efetivar a transferência e o pessoal me disse que tinha um
débito e que não podiam ver o que era, porque não tinham acesso ao sistema do
DETRAN de São Paulo. O problema é que faltavam apenas algumas semanas para
expirar o prazo de 30 dias que eu tinha para transferir o carro. Pra quem não
sabe, se você compra um carro e não transfere ele pra você em 30 dias, você
toma uma multa e cinco pontos na CNH.
E lá fui eu atrás do tal débito, no site do DETRAN de SP.
Aqui vai uma dica: nunca confie na palavra de alguém que está te vendendo um
carro, ainda mais pela Internet. Anote a placa e RENAVAM e consulte o DETRAN para
saber se o carro tem algum débito antes de comprá-lo. Eu não fiz e quase perdi
o prazo. O pior é que, mesmo depois de pagar, demora pra aparecer o pagamento no
sistema do CRLV. Levou cinco dias úteis, no meu caso. Mas consegui. Fui
novamente ao CRLV, com a taxa paga e os débitos quitados para poder transferir
o carro.
Mandei fazer as tarjetas das placas, pois o carro veio de
outra cidade e estado. Pelo menos ele já
tinha as placas refletivas, então só precisei fazer as tarjetas. Marquei a
vistoria e, após receber os novos documentos, fui outra vez ao CRLV para
finalizar o processo. O curioso foi ver
que só tinha gente transferindo carros novos no dia. Todo mundo ficou curioso
com o Fuscão. Só pra variar, na hora da vistoria, uma das luzes de freio não
funcionou. Eu tinha testado todas na noite anterior e, mesmo assim, uma falhou.
Mas eu sabia que era um mau contato. Retirei a lanterna, dei uma leve mexida na
lâmpada e tudo funcionou direitinho. Saí dali com o carro emplacado e no meu
nome. Finalmente era meu, agora de forma oficial.
Deu um pouco de trabalho. foram idas e vindas até resolver tudo. Sem falar no tempo dedicado. Mas foi bom para efeitos de aprendizado. Agora já sei todos os passos corretos para fazer o processo caso compre outro Fusca no futuro... A foto deste post
eu tirei no momento da retirada das placas para a colocação das tarjetas. Com
um filtro vintage aplicado, até
parece uma foto de época, como se o carro fosse zero km.
Se meu Fusca falasse, ele certamente diria que agora tem
oficialmente um dono que vai cuidar dele.
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