domingo, 16 de março de 2014

Se Meu Fusca Falasse - Capítulo 5: A Transferência


22/05/2013:

Fazer a transferência de um carro pode ser algo bastante simples ou não, vai depender do quanto você quer gastar em termos de tempo e dinheiro. Muita gente recorre a serviços de despachantes, que cuidam de toda a papelada em troca de uma comissão, enquanto você economiza o seu tempo.  Mas o papai aqui sempre tenta dar uma de Charlie (o “Ursolão” do desenho “A família Urso”), que sempre tentava economizar fazendo as coisas ele mesmo. Só que, no caso do meu Fuscão, as coisas foram um pouco mais complicadas do que deveriam.

Não tenho prática com esses serviços, então era certo que me esqueceria de alguma coisa. Fui ao CRLV e, na primeira tentativa, me disseram que precisaria ter firma reconhecida em cartório. Fui ao cartório, reconheci a firma e fui ao CRLV de novo, no dia seguinte, pela manhã. Aí eu vi que o antigo dono não tinha pagado o licenciamento do carro naquele ano. Descobri isso quando fui tentar efetivar a transferência e o pessoal me disse que tinha um débito e que não podiam ver o que era, porque não tinham acesso ao sistema do DETRAN de São Paulo. O problema é que faltavam apenas algumas semanas para expirar o prazo de 30 dias que eu tinha para transferir o carro. Pra quem não sabe, se você compra um carro e não transfere ele pra você em 30 dias, você toma uma multa e cinco pontos na CNH. 

E lá fui eu atrás do tal débito, no site do DETRAN de SP. Aqui vai uma dica: nunca confie na palavra de alguém que está te vendendo um carro, ainda mais pela Internet. Anote a placa e RENAVAM e consulte o DETRAN para saber se o carro tem algum débito antes de comprá-lo. Eu não fiz e quase perdi o prazo. O pior é que, mesmo depois de pagar, demora pra aparecer o pagamento no sistema do CRLV. Levou cinco dias úteis, no meu caso. Mas consegui. Fui novamente ao CRLV, com a taxa paga e os débitos quitados para poder transferir o carro.

Mandei fazer as tarjetas das placas, pois o carro veio de outra cidade e estado. Pelo menos  ele já tinha as placas refletivas, então só precisei fazer as tarjetas. Marquei a vistoria e, após receber os novos documentos, fui outra vez ao CRLV para finalizar o processo.  O curioso foi ver que só tinha gente transferindo carros novos no dia. Todo mundo ficou curioso com o Fuscão. Só pra variar, na hora da vistoria, uma das luzes de freio não funcionou. Eu tinha testado todas na noite anterior e, mesmo assim, uma falhou. Mas eu sabia que era um mau contato. Retirei a lanterna, dei uma leve mexida na lâmpada e tudo funcionou direitinho. Saí dali com o carro emplacado e no meu nome. Finalmente era meu, agora de forma oficial.

Deu um pouco de trabalho. foram idas e vindas até resolver tudo. Sem falar no tempo dedicado. Mas foi bom para efeitos de aprendizado. Agora já sei todos os passos corretos para fazer o processo caso compre outro Fusca no futuro... A foto deste post eu tirei no momento da retirada das placas para a colocação das tarjetas. Com um filtro vintage aplicado, até parece uma foto de época, como se o carro fosse zero km. 

Se meu Fusca falasse, ele certamente diria que agora tem oficialmente um dono que vai cuidar dele.

0 comentários:

Postar um comentário