O Crescer e o CRESCER

Quer um aumento? Mude de emprego. Essa é uma expressão que tenho visto ser utilizada de forma frequente por alguns consultores de gestão de pessoas.

Internacional

Minha geração é a mais Colorada de todas. E sempre será!

É Hora de Abandonar o "Complexo de Vira-Lata" e Arregaçar as Mangas

Certos acontecimentos são cíclicos. Não importa a época, de tempos em tempos eles se repetem. Mudam um pouquinho aqui ou ali, mas preservam a mesma essência...

A Legião Urbana Vence Tudo. Até o Tempo.

A eternidade é o prêmio concedido àqueles que realizam feitos notáveis, únicos ou não, mas que são capazes de perdurar a ponto de serem lembrados por diversas gerações subsequentes...

"Cer" ou "Não Cer"

- Como esse pessoal da TI gosta de falar em certificações - disse um amigo que é consultor de RH. Tem lógica..

terça-feira, 26 de maio de 2015

Communication - 7 Tips to Help in Your Work

My friends always ask me to write a blog post in English, so here it goes!

I chose to talk about one of the biggest problems every single company has to deal with daily: communication. Oh, yes, this subject again...

This is an item that requires more maintenance from the management's perspective, because there are new people joining the teams all the time and it is important reviewing the procedures when you have new mindsets floating in the current universe.

Therefore, communication is something that was supposed to be simple. It requires only 3 items, basically: 
But, if it's so simple, why does it fail sometimes? The problem here are some factors or assumptions that create noises on the communication and break the process, making the parts do not get the proper message timely.

This is a very important concern raised by some of the customers I worked for. The list below is based on some findings I've got from my experience in the Testing area, from some mistakes I made in the past (everybody should learn with the mistakes as they are really powerful on helping people to get a good understanding about what they are doing and what they should/should not do) and some lessons I've got from those experiences.

When you have distributed teams working together with an ocean of distance, it is really important to make the communication clear and keep improving that skills across the teams. If the customer reports issues on that matter even if you are always working on that, it is a sign that you have to review some concepts or approaches taken along the relationship.

I know and I understand sometimes the communication issues are not only in your side, but there is always something you can do proactively to avoid any kind of misunderstanding and to keep the expectations properly aligned. 



1 -  Do not Spend Too Much Time on Resolving Issues You are not Responsible For

If this is blocking your work, raise the red flag, have the responsible aware of the impacts and let them resolve that. Use a clear message, with the right words. i.e.: "I cannot proceed, can you please help me on resolving this?", "This issue is blocking my testing, do you have any idea about when the fix will be in place?", etc.



2 - Have Your Calendar Aligned With the Customer's


Make sure the time you are arriving at the office is the right one for establishing the communication and getting the proper response times in case the customer needs to reach you, especially if you both work in different time zones. Make yourself available. It increases the perception of trust.



3 - Do not Rely on E-mail as the Main Communication Tool

This is usually the item where people fail most. If you feel it is taking time to get the answer you need, please, call the person or reach he/she on the instant messenger app you use. 


Example: Two e-mails without a proper response =  a call

In other words, send the e-mail to get the communication documented, but call the person anyway.




4 - Do not Assume the Other Side Knows Something About the Communication in Place

Instead, make sure they understand. We use to have the impression the other people are aligned with some deal, but they may not be in fact. Communication is not only about what you are saying, but also about how the other side understands the message. Refer to bullet 1.



5 - Respect the Customer's Process and Hierarchy

People from the Testing area like to reach out other people directly, like developers, BAs, etc. This is what most teams use to do, but some customers prefer that you first reach out the direct responsible to address the question. Do not escalate the question unless you are told to do that.



6 - Be Proactive on the Communication

Instead of waiting for responses from anywhere, try to find out the responses you need. Do not wait too much for raising any questions you have. Also, share with the team the good stuff or important milestones you have accomplished. It makes them aware about your work and the importance you have for the team. Refer to bullet 5.



7 - Focus on the Issue


When reporting feedbacks regarding the work someone else is doing, like test cases that are not correctly written, etc, make sure you are not focusing only on the person, but on the issue and how it is impacting your work. It is strongly recommended in these cases that you come up with some suggestions for improvements, so you are giving the message that you are there for helping them and not for "pointing fingers".


One more thing here. If you have any question on how to communicate something, please, talk to your leader or someone in your team about the related issue. I am pretty sure you can be much more effective in the way you are communicating if you try to do this, so do not hesitate on looking for support or coaching when you need.
I hope these tips above can help on how you communicate with your teams and customers. It was very useful to me when I changed my mindset and started thinking in this way. It is not complicated to apply. In fact, it depends only on your ability to discuss that with your team, so take the mic and speak up!





sábado, 18 de abril de 2015

Se Meu Fusca Falasse - Capítulo Especial: A Placa Preta!

10/04/2015:

Pois é, amigos. Depois de tanto tempo, chegamos ao capítulo mais importante da saga do Woodstock, o Fuscão 1973 Verde Hippie. E não poderia ser mais apropriado. O carro agora faz parte de um grupo seleto de veículos em território nacional: o de automóveis de coleção, os que podem receber a tão sonhada placa preta.

Sim, depois de tanto trabalho, burocracia e, claro, grana investida, finalmente atingi o objetivo: resgatar um carro esquecido e transformá-lo em item de coleção. Pode parecer besteira, mas realmente acho que é uma contribuição para a história automobilística brasileira, ainda que pequena. 

Quando comprei o carro, em Abril de 2013, parecia loucura investir na restauração. Não sabia se conseguiria todas as peças, se o trabalho ficaria bem feito, etc. Tudo era incerto. E, à medida em que fui comprando peças fui vendo o quanto seria difícil. Quase um ano depois de comprar o carro, já tendo juntado a maioria das peças que precisava, resolvi procurar uma oficina especializada para fazer o trabalho. E encontrei a Cia do Fusca, em Porto Alegre - RS. Lá, encontrei gente tão apaixonada quanto eu, que ajudaram a realizar esse sonho.

Desde que deixei o carro lá, em Janeiro de 2014, foram 7 meses de trabalho até a conclusão. A partir daí, foi esperar para poder agendar a vistoria com o clube e, finalmente, ter o Certificado de Originalidade em mãos para poder emplacá-lo com "la negra". Mas a espera foi maior do que eu esperava. Foram 6 meses, pra ser mais exato. Mas, em Fevereiro de 2015 a vistoria do clube foi feita. Só aí é que a ficha caiu. Eu não tenho uma vasta experiência no mercado de VWs antigos, nem sou um grande colecionador, acostumado a participar de inúmeros eventos. Tudo o que eu aprendi foi fruto de dedicação dentro de um tempo extremamente exíguo que eu tenho para dedicar a esse hobby. E ver que toda a pesquisa, insistência e detalhismo foram reconhecidos, não tem preço.


No dia da vistoria, depois da expectativa e do friozinho na barriga, o Fuscão foi aprovado com louvor. Foi muito legal escutar elogios dos vistoriadores e do presidente do clube, especialmente por serem gente que entende do riscado. Eu, um mero estudioso do assunto, me senti orgulhoso ao ver o trabalho reconhecido e ouvir palavras como "espetacular", "maravilhoso", "você está de parabéns", etc. O presidente do clube ainda me disse, depois: "tu sabe que eu não posso te dar 100 pontos, né? Isso só para carros zero, que foram guardados logo depois de comprados. Mas é só por isso mesmo...". Ganhei o meu dia! Umas semanas depois, chegou o certificado:



A partir daí, era só uma questão de tempo até emplacar ele. Mais um pouquinho de burocracia e mais uma taxinhas do Detran e, finalmente, a espera terminou. O momento da troca das placas merecia um registo:


Como forma de agradecimento, levei o Fuscão recém emplacado para tirar umas fotos na Cia do Fusca, onde foi feita a restauração. Desde o último post sobre o assunto, o carro ainda recebeu batentes de para-choque, sobre-tapetes de borracha Borcol (de época) e emblema e chaveiro da antiga concessionária VW aqui da minha cidade. O conjunto ficou muito bonito, ainda mais com a placa preta. Pretendo deixar o visual do carro assim limpo, sem muito penduricalho e nem o famoso "kit relíquia" (polainas, bandas brancas nos pneus, e outros cromados em excesso). Acho que a beleza está na simplicidade.













Mesmo depois do emplacamento, ainda tinha mais uma coisinha pra deixar tudo completo: receber os documentos novos do carro, ostentando o bendito "COL" (Coleção), no campo "Espécie/Tipo". Mais uma semana e o documento finalmente chegou. Agora, o carro é oficialmente um veículo de coleção:


Obviamente, saí pra comemorar e tirei mais umas fotinhos do carro. Agora sim, não faltava mais nada:


Voltando para agradecer a São Vicente de Paulo





Bem pessoal, acho que era isso. Agora, o resto é só curtição. Toda a parte da saga que eu queria compartilhar está aí. Espero que tenha sido útil para quem quer entrar neste mundo de antigomobilismo, no qual eu também sou novato. E também para ajudar a entender todos os processos que fazem parte de uma restauração bem feita, que preserva a história. Se estes capítulos ajudarem aqueles que pretendem restaurar um carro ou estimular novos colegas que queiram se aventurar neste meio, já fico feliz.

Estou sempre disponível para conversar a respeito e dar algumas humildes dicas de quem já passou por isso. Os comentários são abertos. No que eu puder ajudar, farei com prazer. 

Obrigado a todos os leitores que acompanharam essa saga de dois anos, desde a compra até a placa preta. Até a próxima restauração. Ou acham que vou parar por aqui?

Se meu Fusca falasse, acho que, neste momento, ele só diria "Obrigado".


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Se Meu Fusca Falasse - Capítulo 25: Restauração "Concluída"


30/08/2014

Depois de 7 meses de trabalho, a restauração do Fuscão está "concluída". Sim, o termo está entre aspas porque, de fato, uma restauração nunca termina. Ainda faltam uns míseros detalhes para fazer, como o polimento final, colocar as molduras de placa, ajustes finos, etc. Como não há mais espaço na oficina, devido à grande demanda por restaurações, o Fuscão veio pra casa. Está funcionando muito bem, tem alguns pequenos ajustes a fazer, mas retornarei à oficina para terminá-los. O mais importante é que ele está de volta.

Foi um trabalho bastante detalhado, custou uma boa grana, mas valeu a pena. Agradeço a todos que me apoiaram, aos que me conseguiram peças, e, claro, à Cia do Fusca, responsável pela restauração do carro. O resultado final é muito bom, como vocês podem ver.

O curioso foi que, no caminho da oficina para a minha casa, recebi duas propostas de compra quando parei nos semáforos. Aquela coisa: "Tá pra negócio?", "E aí, quanto quer pelo carro?". Mas, sinceramente, não foi nada difícil recusar ou sequer parar para dar atenção, pois 1) não fiquei 7 meses restaurando um carro pra vender ele e tirar qualquer lucro em cima, mesmo porque, normalmente, os valores gastos numa restauração nunca são recuperados, a não ser em termos de satisfação pessoal e felicidade do proprietário; 2) Nem tinha dado tempo de curtir o carro, afinal, era a primeira volta que eu dava nele em mais de 7 meses. Mas foi até engraçado. Com a dificuldade, cada dia maior, de se ver um Fusca original e em bom estado nas ruas, é natural que chame a atenção de quem gosta.

Agora, vou começar outra empreitada: a busca pela placa preta. Espero conseguir em breve. Não creio que este seja o último post da série, mas, por hora, era isso. Obrigado a todos que acompanharam a saga do Woodstock (sim, o Fuscão agora tem nome, escolhido por ser Verde Hippie, saca, bicho?) durante todo esse tempo. 

Deixando a oficina, com muito sol, depois de 7 meses:






Em casa:



 Cor original Verde Hippie L1313. Calotas de época:




Estribos com latas, borrachas e frisos originais:




Parachoque original novo e Faróis Cibié:




Parachoque original traseiro novo e Lanternas Polimatic:





Carrapatinho do extintor (essa parte não existia antes):




 Tanque na cor original e já com verniz:



Estepe datado, assim como todas as rodas:



Ferramentas restauradas e originais. Triângulo Polimatic com estojo: 




Devidamente Identificado:



Tanque na cor original e caixa de estepe com os devidos adesivos e plaquetas:




Adesivos Blindex nos vidros originais da mesma marca:






Limpadores na cor original alumínio/prata opalescente:



Interior queimado pelo tempo, mas ainda original, no tom "Castor":






Tapete de borracha original VW.




Painel de Jacarandá original, com rádio novo Bosch Blaupunkt de época e volante restaurado:

 




Carrapatinho, pedais, alavancas, tapete e manivelas originais:




Decidi manter as forrações originais de porta, mesmo com efeitos do tempo, porque as reproduções vendidas atualmente são muito inferiores em qualidade: 





Forração do teto nova e no padrão original:

 

Motor (preservei a pintura original do filtro de ar):



Mangueiras e braçadeiras originais VW:





Pneus Firestone Campeão Supremo, novos e na medida correta para o carro:










Espero que esses relatos sirvam de inspiração ou mesmo como ajuda para quem, assim como eu, gosta muito de carros antigos e pretende se aventurar nesse mundo da restauração. A esses, por fim, gostaria de deixar 10 dicas importantes para facilitar o seu trabalho. São pontos baseados na minha experiência pessoal e podem não se aplicar a todo mundo, mas que podem ajudar. Eu listei os 10 principais, mas há muitos outros fatores que podem mudar dependendo do caso:

 
1) Estude bastante sobre o modelo que pretende restaurar. Partindo do princípio que o objetivo é originalidade, cada detalhe é importante. Procure saber tudo e mais um pouco a respeito do carro, pois isso pode fazer toda a diferença no nível de exigência com que o trabalho será executado;


2) Faça um planejamento financeiro que caiba no seu bolso. Economize antes, compre o carro à vista (com um desconto, se possível), fique com ele um tempo, vá comprando peças e, só depois que tiver mais fôlego financeiro, encontre uma oficina séria, negocie a restauração em fases, parcele os pagamentos e nunca gaste mais do que você pode. Organizar os gastos também ajuda. Eu tenho uma planilha onde consta cada centavo que gastei na restauração, seja com peças, serviços, documentação, etc;

3) Compre um carro íntegro de estrutura e o mais original possível, mas por um preço bom. Quando mais itens em ordem ele tiver, menos dor de cabeça você terá com garimpo de peças. Busque um carro com o qual você possa rodar por um tempo, antes de poder mandá-lo efetivamente para a restauração, assim você vai ganhando tempo para comprar peças e fôlego financeiro para as próximas etapas;

4) No caso do Fusca, o mais importante, dependendo do modelo, é a tapeçaria. Nos modelos 1500 pré-1974, então, nem se fala. Comece encontrando um carro que tenha esse item íntegro, pois é o mais difícil de se conseguir. Em outras palavras, compre o carro pelo lado de dentro, não pelo lado de fora. O de fora e a mecânica sempre se dá um jeito (desde que seja respeitado o item 3), mas a tapeçaria é mais difícil de se resolver no caso de você querer a original;

5) Aprenda a pesquisar e garimpar peças. Dá trabalho, mas vale a pena. Quem busca originalidade e alto grau de detalhes, não pode se preocupar em abraçar uma oportunidade quando ela aparece. O mercado de peças antiga anda inflacionado, mas, às vezes, vale a pena pagar mais caro para ter um item que você não sabe se vai encontrar novamente. Se você tem tempo para ir garimpar em ferros-velhos, vá sem medo. Senão, a internet sempre oferece boas oportunidades, se você procurar bem. A menos que seja algo extremamente raro, não caia sempre na primeira oferta, pesquise para conseguir pagar menos. Ao final, você vai perceber o quanto isso vai ser útil;

6) Procure se informar e trabalhar com oficinas sérias. Isso será crucial para o sucesso do projeto. Lembre-se de que trabalho bem feito não é barato e, portanto, não entregue uma restauração que pretende ser séria para o "senhor da esquina que mexe com Fusca e cobra baratinho". Nesses casos, o barato quase sempre sai mais caro do que se você fizer o serviço com quem entende. Procure referências de boas oficinas com o pessoal do antigomobilismo para poder ter uma chance maior de o seu carro ser bem feito.


7) A pressa é inimiga da restauração. Imprevistos sempre vão acontecer. Não deixe que eles te deixem impaciente e não culpe sempre a oficina por isso. E não fique preocupado com a previsão inicial de entrega. Ela certamente não vai se concretizar. Alguns problemas realmente só começam a ficar visíveis à medida em que o carro vai sendo desmontado ou até mesmo na fase de montagem. Então tenha em mente que isso faz parte do processo e planeje seu orçamento para ter uma reserva que cubra essas exceções;

8) Procure acompanhar sempre de perto a restauração. Sempre tem aqueles detalhes que só você se lembra. Mesmo as melhores oficinas precisam trabalhar com diversos modelos ao mesmo tempo e nem sempre sabem todas as particularidades de cada um deles. Eu visitava a oficina duas vezes por semana. Se puder ir todos os dias, vá. Seja chato, mas não precisa ser um mala, claro;

9) Aprenda que uma restauração nunca termina. Lembre-se de ter um pequeno estoque de peças sobressalentes. Mesmo após a restauração, você nunca sabe quando pode precisar de uma lanterna, farol ou acessório. Com o passar do tempo, encontrar essas peças originais vai ficando cada dia mais complicado (já deve ter sido na primeira vez). Sendo assim, Reserve uma graninha para ir adquirindo essas peças quando você as vir à venda. Se puder comprar mais de uma cópia de cada, melhor ainda.

10) Não esqueça que, mesmo sendo recém restaurado, um carro antigo requer manutenção constante. Os veículos feitos há 30, 40 anos ou mais, ao contrário do que muitos pensam, tem durabilidade menor do que os carros atuais, especialmente na parte mecânica. Portanto, eles requerem manutenção mais frequente do que um carro moderno. Não deixe essa parte em segundo plano.


Mais umas fotos bônus:

















Bem, depois de tudo isso, de ter sido recuperado no interior de São Paulo, sem saber que fim ele teria, e ver no estado em que ele ficou depois de pronto, se o meu Fusca falasse, ele certamente diria "Obrigado"!